É no silêncio que o barulho e o caos começam. É no se encontrar com você mesmo que aquela caixinha de perguntas mental surge, é no se deparar com você mesmo que dói bastante. Mas, é nesse momento que surgem motores para que o dia seguinte seja diferente, apenas nesses encontros internos e profundos que a gente muda, que a gente repensa a vida, as relações e principalmente nossas atitudes. Para mim, é na rede, quando eu deito nessa rede, à noite, depois de um dia inteiro de trabalho sem tempo para pensar, é onde me encontro. As lágrimas caem ininterruptamente, a cabeça vira um turbilhão de “e, se...”, eu tenho medos profundos, é nessa rede que surgem as reflexões mais profundas sobre a Luisa do passado, do presente e, pela ansiedade, do futuro. É difícil, porém, super importante. A rede me traz para dentro, mas para alguns pode ser a cama, o sofá, a mesa de jantar. Não importa o lugar, o que importa é esse momento. O momento da reflexão é duro, mas é a partir dele que nos transformamos, reconfiguramos e renascemos. Uma boate gigante se instala na minha cabeça e eu me controlo para não surtar. Mas, quando eu noto o efeito desses momentos em outros do dia a dia, é aí que penso. Ainda bem que eu tenho esse espaço, ainda bem que eu reflito sobre meus erros, sobre mim. Ainda bem que eu cuido da minha mente, mesmo que seja difícil à beça.
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