É natural que diariamente haja cobrança, pressão e tentativas de terminar nossa agenda com um check nas tarefas. Mas hoje eu quero falar sobre essa dificuldade de entendermos que não somos robôs, máquinas e que tem dias que a gente não vai conseguir cumprir uma tarefa sequer do nosso dia, afinal, somos humanos. Se nós não conseguirmos cumprir tudo ou nem metade das coisas, nossa frustração e cobrança aumentam. É claro que por vivermos em um mundo de cobranças do corpo perfeito, da produtividade, de não olhar o ócio como algo produtivo também, de não se dar o direito de dar um mergulho no mar, porque se fizermos isso estaremos sendo esquisitos, improdutivos e inúteis, tudo fica mais difícil. Na verdade, um mergulho no mar, pode ser extremamente produtivo, útil e normal. Ele pode gerar reflexões, ideias e sensações que 8 horas em um escritório ou em um computador podem não gerar. O que venho refletir nesse post não é que não devemos ter uma rotina e tarefas a cumprir, acho isso extremamente importante, o que venho dizer aqui é que sair um pouco da “caixinha” do mundo corporativo, das cobranças que nos deixam inquietos (geralmente na hora de dormir, atrapalhando o nosso sono) e do peso na coluna também é necessário. As comparações e pressões nos fazem, muitas vezes, paralisar e isso não é produtivo. Em um dos meus dias, eu estava muito ansiosa e sendo muito cobrada por mim mesma. Tomei a decisão mais sensata do meu dia, fui à praia (não, não foi fácil e nem parei de cobrar), pelo contrário, me cobrei mais ainda porque pensei “nossa hoje é terça e eu estou na praia, o que vão pensar de mim?”. Essa é a grande questão, mas, decidi ir mesmo assim. Em um determinado momento, ao som de Gilsons, lembrei e relembrei que “há de nascer um novo amanhã”, e, que bom. Voltei para casa e fui produtiva. No dia seguinte, consegui uma entrevista de emprego. Coincidências ou não, há de nascer um novo amanhã em uma ida à praia.
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